A seleção precisa de Marcelo
16/08/13 10:07
Uma olhada nos números da derrota do Brasil para a Suíça por 1 a 0 permite que se tire algumas conclusões. Uma delas: o Brasil depende mais de Marcelo do que parece. A seleção só foi bem enquanto seu lateral esquerdo foi bem, até uns 20 minutos do primeiro tempo.
Lá a trás, Marcelo teve dificuldade segurar Shaqiri, como notou o PVC na edição impressa da Folha de ontem, mas também não teve ajuda dos volantes Luiz Gustavo e Paulinho nessa missão. O jogador do Bayern de Munique foi o melhor em campo contra o Brasil.
Mas foi no ataque que Marcelo mais fez falta. Contra a Suíça, o lateral foi asfixiado pela marcação. Não é natural que tenha recebido apenas 10 bolas em 56 minutos em campo. Maxwell, que o substituiu, foi acionado 16 vezes em 34 minutos.
O lateral do Real Madrid tem repertório de sobra _sabe passar, driblar e correr com a bola dominada. Nos jogos mais difíceis da Copa das Confederações, ante Itália, Uruguai e Espanha, a bola passou mais por ele do que por Oscar, por exemplo.
Sem essa alternativa, o Brasil de Luiz Felipe Scolari sofre, e apela para jogadas individuais. Na partida em Basileia a seleção igualou o recorde de dribles desde que Felipão voltou a dirigi-la: 18 tentativas. E conseguiu finalizar só oito vezes. A Suíça arriscou 16 chutes contra o gol de Jefferson.
Além de ser essencial para o desempenho do time, Marcelo ainda não tem um reserva definido. Já foram chamados Adriano, Filipe Luís e Maxwell, além de André Santos, que atuou nas duas partidas em que a seleção foi formada só jogadores que atuam no Brasil.