Por Dentro da SeleçãoUncategorized – Por Dentro da Seleção http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br Bastidores do time mais importante do futebol mundial Mon, 18 Nov 2013 13:11:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O efeito pedagógico da pancadaria http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/09/11/o-efeito-pedagogico-da-pancadaria/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/09/11/o-efeito-pedagogico-da-pancadaria/#comments Wed, 11 Sep 2013 08:03:32 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=459 Continue lendo →]]> Jogos de futebol podem ser absolutamente alheios a tudo que os cercam, diferentes de toda expectativa. Brasil vs. Portugal: até a bola rolar, não poderia ser algo mais apropriado para ilustrar o termo “amistoso”. A seleção venceu por 3 a 1 em Boston.

Os portugueses vinham de uma guerra contra a Irlanda do Norte, pelas Eliminatórias; viajar aos EUA era um alívio em meio à tensão provocada pelo risco de ficar fora da Copa do Mundo.

Os brasileiros tinham vários desfalques, haviam goleado a Austrália por 6 a 0; o técnico Luiz Felipe Scolari e a maioria desses jogadores ainda desfruta do título da Copa das Confederações.

O jogo seria num palco neutro, com as torcidas misturadas, e sem Cristiano Ronaldo _o que de cara já evitou que a partida fosse tratada como um duelo entre ele e Neymar.

Mais: os portugueses, assim como os brasileiros que atuam na Europa (e Felipão), voariam de Boston a Lisboa no mesmo voo. E havia o clima de cordialidade que sempre envolve Felipão e a seleção portuguesa, que ele dirigiu de 2003 a 2008.

Ouvido o apito inicial, tudo isso ficou de lado e começou a carnificina. Pepe e Bruno Alves, zagueiros lusos, exibiram um vasto repertório, que incluía cotovelada e pisão a rival caído.

Bernard disse que o jogo foi mesmo duro, mas absolveu Bruno Alves, seu algoz. “Não acho que ele tenha feito de propósito [o pisão], porque ali ele está representando seu país.”

A comissão técnica celebrou o efeito educativo da pancadaria. “O mundial é pior que isso”, disse Felipão. “Por isso que é bom jogar esse tipo de amistoso. Foi um jogo mais ríspido do que o normal.”

O preparador físico Paulo Paixão também viu um lado positivo no jogo brusco. “Sem Eliminatória, um jogo como esse ajuda. A rivalidade ali dentro é muito forte”, disse. “Mas está todo mundo inteiro.”

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Time de Scolari só joga quando vale http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/09/07/time-de-scolari-so-joga-quando-vale/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/09/07/time-de-scolari-so-joga-quando-vale/#respond Sat, 07 Sep 2013 14:58:19 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=412 Continue lendo →]]>

David Luiz treina em Brasília – Bruno Domingos/MowaPress

 

A seleção brasileira tem duas oportunidades interessantes nos próximos dois compromissos: hoje contra a Austrália em Brasília e na terça-feira contra Portugal, em Boston.

Nos 13 jogos que fez neste ano, todos sob ordens de Luiz Felipe Scolari, ficou evidente que há dois times. Um quando a disputa vale alguma coisa, outro quando se trata de amistosos.

Números compilados pelo sempre ótimo Fábio Tura, do Datafolha, mostram o tamanho da diferença de desempenho. Foram cinco jogos pela Copa das Confederações e oito amistosos.

Quando vale: 5 jogos, 5 vitórias, 100% de aproveitamento, 14 gols marcados (média de 2,8), 3 gols sofridos (0,6).

Quando não vale: 8 jogos, 2 vitórias, 4 empates, 2 derrotas, 42% de aproveitamento, 15 gols anotados (1,9), 10 sofridos (1,25).

Cabe lembrar que uma dessas partidas foi contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, sem altitude, um evento um tanto bizarro, marcado por politicagem, para os quais os times nem treinaram. O Brasil ganhou por 4 a 0.

Há outros números interessantes que revelam mais dedicação: 22 faltas cometidas por partida na Copa das Confederações, contra menos de 15 em média durante os amistosos.  A pontaria do time também melhorou muito nas partidas oficiais: 48% das finalizações foram no alvo (ante 34% em jogos como o de hoje).

A seleção tem sete amistosos programados antes da convocação para a Copa do Mundo. “É difícil, mas a gente tem que encarar esses jogos como se fossem valendo, precisa ter foco, levar a sério”, disse o capitão Thiago Silva ontem.

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O Palmeiras, a segundona e as seleções http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/23/o-palmeiras-a-segundona-e-as-selecoes/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/23/o-palmeiras-a-segundona-e-as-selecoes/#comments Fri, 23 Aug 2013 14:04:11 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=221 Continue lendo →]]> Um time da Série B é o maior fornecedor do Brasil de jogadores para seleções nacionais. Nesta semana, o Palmeiras celebrou as convocações de Henrique (Brasil), Valdivia (Chile) e Eguren (Uruguai).

“Este é um recado que dou aos clubes, técnicos e jogadores: não estou observando apenas a primeira divisão”, disse Luiz Felipe Scolari. Seus colegas Jorge Sampaoli e Oscar Tabárez assinariam a frase.

E a lista de convocáveis do Palmeiras só não é maior porque Barcos, no começo do ano, foi para o Grêmio de Luxemburgo (e da Libertadores), porque “na Série B perderia espaço na seleção argentina”.

Valdivia desfruta de sua melhor fase em muitos anos, Henrique é o chefe da defesa menos vazada da Série B. Não será surpresa se o Palmeiras eliminar o Atlético-PR (quinto da Série A) da Copa do Brasil.

Durante muito tempo se discutiu se Neymar tinha que ir para a Europa para “evoluir”, “jogar com e contra os melhores”. O próprio craque adotou o discurso quando finalmente fechou com o Barcelona.

O caso do Palmeiras prova que jogar contra rivais piores também pode ser uma boa.

 

 

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A seleção precisa de Marcelo http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/16/a-selecao-precisa-de-marcelo/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/16/a-selecao-precisa-de-marcelo/#comments Fri, 16 Aug 2013 13:07:39 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=94 Continue lendo →]]>  

Marcelo em ação contra a Suíça – Mowa Press

Uma olhada nos números da derrota do Brasil para a Suíça por 1 a 0 permite que se tire algumas conclusões. Uma delas: o Brasil depende mais de Marcelo do que parece. A seleção só foi bem enquanto seu lateral esquerdo foi bem, até uns 20 minutos do primeiro tempo.

Lá a trás, Marcelo teve dificuldade segurar Shaqiri, como notou o PVC na edição impressa da Folha de ontem, mas também não teve ajuda dos volantes Luiz Gustavo e Paulinho nessa missão. O jogador do Bayern de Munique foi o melhor em campo contra o Brasil.

Mas foi no ataque que Marcelo mais fez falta. Contra a Suíça, o lateral foi asfixiado pela marcação. Não é natural que tenha recebido apenas 10 bolas em 56 minutos em campo. Maxwell, que o substituiu, foi acionado 16 vezes em 34 minutos.

O lateral do Real Madrid tem repertório de sobra _sabe passar, driblar e correr com a bola dominada. Nos jogos mais difíceis da Copa das Confederações, ante Itália, Uruguai e Espanha, a bola passou mais por ele do que por Oscar, por exemplo.

Sem essa alternativa, o Brasil de Luiz Felipe Scolari sofre, e apela para jogadas individuais. Na partida em Basileia a seleção igualou o recorde de dribles desde que Felipão voltou a dirigi-la: 18 tentativas. E conseguiu finalizar só oito vezes. A Suíça arriscou 16 chutes contra o gol de Jefferson.

Além de ser essencial para o desempenho do time, Marcelo ainda não tem um reserva definido. Já foram chamados Adriano, Filipe Luís e Maxwell, além de André Santos, que atuou nas duas partidas em que a seleção foi formada só jogadores que atuam no Brasil.

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O cansaço é desculpa, mas não muito http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/o-cansaco-e-desculpa-mas-nao-muito/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/o-cansaco-e-desculpa-mas-nao-muito/#comments Wed, 14 Aug 2013 23:40:43 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=77 Continue lendo →]]>

Neymar em partida da seleção brasileira contra a Suíça (Fabricce Coffrini/AFP)

A melhor condição física da Suíça foi citada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e por todos os jogadores da seleção brasileira como justificativa para a derrota em Basileia. A explicação cabe, mas tem que ser relativizada.

De fato, quem jogou a Copa das Confederações voltou das férias mais tarde, teve menos tempo para treinar. Mas a seleção passou mais de um mês reunida entre maio e junho, o time ficou longe da solidez que mostrou durante a competição disputada no Brasil.

Mais: as outras três seleções de ponta que foram às finais da Copa das Confederações também disputaram amistosos nesta quarta-feira de data-Fifa. E nenhuma delas reclamou de cansaço.

O Uruguai atravessou o mundo, foi até o Japão (outro que disputou o evento da Fifa no Brasil) e venceu por 4 a 2. A Espanha, que apanhou do Brasil na final do dia 30 de junho, viajou até o Equador e ganhou por 2 a 0 nesta quarta-feira.

A Itália teve a parada mais complicada: recebeu a Argentina em Roma e perdeu por 2 a 1. O técnico Cesare Prandelli lamentou os gols sofridos, a falta de categoria para concluir, elogiou os rivais argentinos.  Pelo pouco que pude ler a respeito até agora, não culpou a diferença de condição física.

Assim como usaram essa justificativa para a derrota ante a Suíça, Felipão e seus comandados prometeram um futebol melhor em setembro, quando o Brasil enfrenta Austrália (em Brasília) e Portugal (em Boston). A ver.

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Empresários na concentração: os há http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/empresarios-na-concentracao-os-ha/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/empresarios-na-concentracao-os-ha/#comments Wed, 14 Aug 2013 10:24:10 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=71 Continue lendo →]]> Logo que assumiu a presidência da CBF, no ano passado, José Maria Marin deu várias entrevistas afirmando que não queria mais empresários nos hotéis da seleção pelo mundo. “Tira a privacidade dos atletas, que precisam se concentrar apenas nas partidas”, disse o cartola ao Blog do Perrone em maio do ano passado.

Este Brasil vs. Suíça de logo mais aqui em Basileia será o 50º jogo da seleção que cubro para a Folha. Tirando a Copa do Mundo de 2010, quando Dunga transformou os hotéis na África do Sul em bunkers, vi agentes circulando pelas concentrações em todos eles.

Isso não é uma denúncia, é natural que seja assim. Há vinte anos talvez “empresário na concentração” fosse sinônimo de “não está com a cabeça na seleção”. Hoje tal veto não só é impossível de ser cumprido como não faz mais sentido.

Jogadores ficam 100% do tempo conectados. Ainda que houvesse uma catraca na porta de cada hotel e que só passassem por ela os jogadores e a comissão técnica, evidentemente haveria contato.

Um exemplo simples: Marcos Malaquias, empresário que participou da operação que levou Neymar ao Barcelona, estava ontem no hotel da seleção junto com o pai do craque. Para não deixar dúvida, ele postou uma foto em seu Instagram ao lado do capitão Thiago Silva.

Faltam duas semanas para o fim da janela de transferências no futebol europeu. Felipão fez um alerta público a seus jogadores ontem: quem não estiver jogando, corre risco de ficar fora da Copa em 2014. Se a prioridade para o treinador é que os atletas definam logo seus destinos, os agentes sempre estarão por perto.

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Ronaldinho, cada vez mais distante http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/13/ronaldinho-cada-vez-mais-distante/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/13/ronaldinho-cada-vez-mais-distante/#comments Tue, 13 Aug 2013 10:02:51 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=34 Continue lendo →]]>

11.out.11/MowaPress

A seleção está em Basileia, para jogar contra a Suíça o primeiro amistoso depois da Copa das Confederações. Ronaldinho está em Belo Horizonte, onde amanhã o Atlético-MG enfrenta o Bahia pelo Brasileiro.

Depois desta semana, a seleção fará sete amistosos até a Copa do Mundo –exatamente o mesmo número de jogos que faz quem vai até a final do Mundial.

Afinal, qual é a chance de Ronaldinho voltar?

A reação de surpresa de quem ouviu essa pergunta aqui na Suíça disse mais do que qualquer resposta.

Era quase como se eu sugerisse a possibilidade de Maradona jogar pelo Brasil em 2014. Nem o título da Libertadores comoveu quem se dispôs a falar sobre o assunto.

Das portas da seleção para dentro, há a convicção de que Ronaldinho, 33, vai precisar andar na linha e jogar muito mais do que no primeiro semestre (em que ganhou Estadual e Libertadores) para voltar a ter uma chance.

Ao excluir Ronaldinho da Copa das Confederações, Luiz Felipe Scolari fez dele o seu Romário de 2002. A seleção jogou bem como havia muito tempo não jogava, e o jogador do Atlético-MG não teve o nome pedido nem em Belo Horizonte

O melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 ficou fora da última Copa do Mundo, da última Olimpíada e da última Copa das Confederações com três técnicos diferentes. Dunga, Mano Menezes e Scolari lhe deram chances antes, não é coincidência que tenham decidido deixá-lo pelo caminho.

À revista “Playboy” deste mês, o craque disse que entre ele e Felipão está tudo bem, que se falaram por telefone, que sonha em jogar a Copa em casa e que “se estiver bem, ainda vou ter chance”.  Mas ele sabe que, hoje, a porta está quase fechada. E que a camisa 10 da seleção hoje tem outro dono.

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Bem-vindo http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/12/bem-vindo/ http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/2013/08/12/bem-vindo/#comments Tue, 13 Aug 2013 02:39:33 +0000 http://pordentrodaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=11 Continue lendo →]]> Vi a cena a seguir na sala de embarque do aeroporto de Salvador num domingo, 23 de junho, quando esperava um voo para Belo Horizonte durante a Copa das Confederações.

Quem começou a movimentação foi um jovem casal. Ela posava de forma a ter como fundo a pista do aeroporto, ele fotografava. Depois trocavam de posição.

Em seguida dezenas de pessoas passaram a apontar câmeras e celulares naquela mesma direção. Crianças, veteranos, famílias inteiras.

Demorei a entender o motivo do alvoroço: o avião da seleção brasileira estava parado ali. Era só um Boeing como centenas de outros que voam todos os dias por aí, mas pintado de verde e amarelo e com o escudo da CBF estampado na parte de trás.

Nos últimos anos, cobrindo os jogos do Brasil para a Folha, presenciei demonstrações parecidas (com maior ou menor intensidade) em todas as regiões do Brasil e em lugares tão diferentes quanto o Zimbábue e a Alemanha.

Por outro lado, ouvi jogadores cornetados durante treinos, o time todo xingado com poucos minutos de jogo, craque chamado de pipoqueiro mesmo quando fez  gol, técnico apedrejado até quando acertou.

Este é um blog para as pessoas que se importam com a seleção, para as que torcem e para as que secam. A ideia deste espaço é contar histórias, detalhar estatísticas e fazer análises sobre o que cerca o time da CBF, dentro e fora de campo.

Convocações, escalações, substituições, o jogo político na confederação, bastidores das viagens, vou tentar mostrar um pouco de tudo aqui, sempre à luz da Copa de 2014, que começa daqui a dez meses.

Seja muito bem-vindo.

(Ricardo Nogueira-15.jun.13/Folhapress)

 

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