O Brasileiro descolado da seleção
01/10/13 12:14Num dos primeiros posts aqui, escrevi que o Campeonato Brasileiro teria pouquíssima influência na montagem da seleção brasileira para a Copa do Mundo.
Com dois terços do campeonato disputado, e com apenas uma convocação por fazer até o fim do ano (para dois amistosos em novembro), dá para cravar que o Brasileiro não emociona o técnico da seleção.
Jefferson; Mayke, Dória, Rodrigo e Alex Telles; Nilton, Elias, Alex e Everton Ribeiro; Ederson e Walter.
Jefferson; Mayke, Manoel, Dedé e Carlinhos; Lucas Silva, D’Alessandro e Alex; Rafael Sóbis e Walter.
A primeira é a seleção do Campeonato Brasileiro segundo o prêmio Bola de Prata, da Revista Placar. A segunda é a do Troféu Armando Nogueira, do Sportv. Os dois prêmios adotam critérios semelhantes e privilegiam a regularidade ao longo do torneio.
Dos convocados por Felipão para os amistosos contra Coréia do Sul e Zâmbia agora em outubro, só Jefferson, goleiro do Botafogo está nos dois times. O zagueiro cruzeirense Dedé aparece no time do Sportv.
Os outros cinco convocados que atuam no Brasil _Victor, Diego Cavalieri, Henrique e Alexandre Pato e Jô_ estão nessa condição muito mais por preferências pessoais do treinador e/ou pelo que já fizeram pela seleção.
* Ainda sobre “futebol é momento”: a seleção da primeira rodada da Liga dos Campeões teve três brasileiros: Luisão, Alex Teixeira e o mezzo italiano Thiago Motta. Não teve Daniel Alves, Thiago Silva, Oscar, Neymar…
Talvez haja mais vagas do que se imagina para jogadores em atividade no país. Felipão vai esperar por Fred até a antevéspera; sem este jogador tarimbado é ainda menos provável a presença de Jô. Quem lá fora anima?
Mais do que uma vaga assegurada, Dedé disputa posição. Com Miranda em forma, o núcleo dos zagueiros está consolidado. Maicon, Daniel e Marcelo esperam pelo quarto lateral, que pode estar por aqui. Paulinho, Hernanes, Ramirez e Luís Gustavo só não têm certeza de quem formará o dueto titular. Há uma vaga cativa para um dos “grandes-do-passado” no meio de campo (um banco genial para mudar tudo em jogos enjoados). Inexpressivo no PSG, Lucas fica para 2018. Victor, Julio César e Jefferson estão quase garantidos. Hulk é uma das figurinhas deste álbum e o Oscar vai para a Copa.
Neymar é o centro gravitacional, com ele pode voltar a brilhar até mesmo a cabeça pensante da melhor dupla brasileira da década. Quem convoca Pato, pode também levar Ganso. Há poucos enigmas, mas eles estão totalmente em aberto. Como os testes pela frente não são lá grande coisa, algo de grave pode estar sendo, eis o paradoxo, jogado em um torneio desinteressante no seu conjunto, com o campeão já praticamente definido no meio do caminho.
Oi Gustavo, muito pertinente tua análise toda. Desculpa pela demora em aprovar o comentário. Abs, obrigado.