Felipinho paz e amor
23/09/13 12:04Luiz Felipe Scolari está relaxado. O técnico da seleção acaba de voltar de uma caminhada pelo Boston Common, o lindo parque na região central da cidade onde a seleção jogou contra Portugal há duas semanas.
Ao lado do inseparável Murtosa, atravessa com pressa o saguão do Four Seasons (US$ 1.100 a diária), mas acena ao pequeno grupo de jornalistas que acampamos por ali e promete: “Já volto”.
Poucos minutos depois, banho tomado, Felipão está de volta. Faz piada com o jornalista português que conhece de longa data, faz piada com Murtosa, com Parreira _e aceita na boa que seja ele o alvo de uma brincadeira.
Desde que voltou à seleção, em novembro do ano passado, o técnico lembra aquele tio veterano, o contador de histórias, o que vale a pena parar pra ouvir depois do almoço de domingo.
Foi assim em quase todos os amistosos da seleção fora do Brasil. Scolari, 64, está mais à vontade do que nunca no cargo que ocupa. A idade, o título da Copa das Confederações, um time que convence, tudo ajuda.
Parece não ter restado nada daquele que chegou a agredir um repórter em 1998. Ou que ameaçou o companheiro Rodrigo Bueno em 2011 por causa de uma reportagem que o contrariou.
Em abril deste ano fiz uma longa entrevista com Felipão para a Folha. O treinador obviamente não gostou de algumas perguntas, mas respondeu a todas sem grosseria _ao contrário, até.
Durante a Copa das Confederações, Felipão chegou a dizer durante uma coletiva: “Tem dia que quero mandar vocês ao inferno, mas o Parreira me segura de um lado, o Rodrigo [Paiva, assessor da CBF] me segura do outro.”
Mas o tom não era sério, não era de quem mandaria alguém ao inferno.
Vocês da imprensa dão muita importância para este velho decrépito.
Se ele agride os jornalistas e se diz macho porque não encara o Jon Jones?
Oi Diogo. Este é um blog sobre a seleção brasileira, aqui se falará muito sobre o técnico dela, seja Felipão ou outro. Seja bem vindo, volte sempre, mas sem ofensas na próxima. Pode ser? Abs.