Time de Scolari só joga quando vale
07/09/13 11:58
A seleção brasileira tem duas oportunidades interessantes nos próximos dois compromissos: hoje contra a Austrália em Brasília e na terça-feira contra Portugal, em Boston.
Nos 13 jogos que fez neste ano, todos sob ordens de Luiz Felipe Scolari, ficou evidente que há dois times. Um quando a disputa vale alguma coisa, outro quando se trata de amistosos.
Números compilados pelo sempre ótimo Fábio Tura, do Datafolha, mostram o tamanho da diferença de desempenho. Foram cinco jogos pela Copa das Confederações e oito amistosos.
Quando vale: 5 jogos, 5 vitórias, 100% de aproveitamento, 14 gols marcados (média de 2,8), 3 gols sofridos (0,6).
Quando não vale: 8 jogos, 2 vitórias, 4 empates, 2 derrotas, 42% de aproveitamento, 15 gols anotados (1,9), 10 sofridos (1,25).
Cabe lembrar que uma dessas partidas foi contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, sem altitude, um evento um tanto bizarro, marcado por politicagem, para os quais os times nem treinaram. O Brasil ganhou por 4 a 0.
Há outros números interessantes que revelam mais dedicação: 22 faltas cometidas por partida na Copa das Confederações, contra menos de 15 em média durante os amistosos. A pontaria do time também melhorou muito nas partidas oficiais: 48% das finalizações foram no alvo (ante 34% em jogos como o de hoje).
A seleção tem sete amistosos programados antes da convocação para a Copa do Mundo. “É difícil, mas a gente tem que encarar esses jogos como se fossem valendo, precisa ter foco, levar a sério”, disse o capitão Thiago Silva ontem.