Empresários na concentração: os há
14/08/13 07:24Logo que assumiu a presidência da CBF, no ano passado, José Maria Marin deu várias entrevistas afirmando que não queria mais empresários nos hotéis da seleção pelo mundo. “Tira a privacidade dos atletas, que precisam se concentrar apenas nas partidas”, disse o cartola ao Blog do Perrone em maio do ano passado.
Este Brasil vs. Suíça de logo mais aqui em Basileia será o 50º jogo da seleção que cubro para a Folha. Tirando a Copa do Mundo de 2010, quando Dunga transformou os hotéis na África do Sul em bunkers, vi agentes circulando pelas concentrações em todos eles.
Isso não é uma denúncia, é natural que seja assim. Há vinte anos talvez “empresário na concentração” fosse sinônimo de “não está com a cabeça na seleção”. Hoje tal veto não só é impossível de ser cumprido como não faz mais sentido.
Jogadores ficam 100% do tempo conectados. Ainda que houvesse uma catraca na porta de cada hotel e que só passassem por ela os jogadores e a comissão técnica, evidentemente haveria contato.
Um exemplo simples: Marcos Malaquias, empresário que participou da operação que levou Neymar ao Barcelona, estava ontem no hotel da seleção junto com o pai do craque. Para não deixar dúvida, ele postou uma foto em seu Instagram ao lado do capitão Thiago Silva.
Faltam duas semanas para o fim da janela de transferências no futebol europeu. Felipão fez um alerta público a seus jogadores ontem: quem não estiver jogando, corre risco de ficar fora da Copa em 2014. Se a prioridade para o treinador é que os atletas definam logo seus destinos, os agentes sempre estarão por perto.
achei infeliz o comentário do presidente da CBF, em pedir e exigir a ausência, dos empresários nos hotéis acompanhado os jogadores da seleção. isto é impossível pois, os empresários são praticamente os donos dos jogadores. Se você comprar uma Ferrari, muito provavelmente não emprestaria para um conhecido dirigi-la, sem ir no banco do carona.